Desde que os primeiros homens da história começaram a utilizar as cores como forma de atrair as caças, essas começaram a desempenhar um papel fundamental nas culturas de todo o mundo, trazendo consigo representações simbólicas e até mesmo religiosas.
Foram muitas as teorias desenvolvidas a respeito do assunto, Aristóteles dizia que as cores eram propriedades dos objetos, enquanto Leonardo da Vinci afirmava que as cores seriam propriedades da luz, chegando à conclusão de que o preto e o branco não são cores, mas extremos da luz.
Após diversos estudos e conceitos, passando por filósofos, psicólogos e físicos (como Isaac Newton), os estudiosos contemporâneos resolveram estudar mais a fundo e perceberam que a cor é vista por meio da retina, provoca sensações e ainda é construtiva, por possuir valor de símbolo e ser capaz de construir uma linguagem que transmite uma ideia.
Hoje, o estudo das cores e suas aplicações tornaram-se indispensáveis e com a arquitetura não é diferente: arquitetos e profissionais da área estudam o projeto cromático de cada ambiente, conhecendo as especificações do espaço e das pessoas que o ocuparão. Até mesmo os princípios científicos e os resultados psicológicos relacionados são avaliados durante o desenvolvimento de um local.
As cores precisam, portanto, serem pensadas junto ao arquiteto responsável pelo local. Veja também nosso artigo sobre a importância o arquiteto nos projetos de mobiliário corporativo.
As cores e o mobiliário corporativo
A paleta de cores precisa ser previamente avaliada pelo profissional, que deverá aplicar os conceitos em todos os processos que envolvem o projeto arquitetônico, que vão desde as paredes do ambiente até ao mobiliário corporativo.
A composição cromática influencia na imagem que a empresa transmite aos clientes, além de interferirem no bem-estar dos funcionários e visitantes, já que podem interferir nas sensações psicológicas, alterando o humor, provocando melhor sensação quanto à visão, aumentando o desempenho dos colaboradores, reduzindo a fadiga visual e outras reações.
Além do mais, a facilidade de conservação e limpeza de um mobiliário corporativo são fatores relacionados às cores: um móvel branco, por exemplo, precisa de maior frequência na higienização e sofrerá maior desgaste dos agentes ambientes.
Cuidados com a escolha das cores no mobiliário corporativo
Foi pensando nisso que separamos aqui alguns cuidados que você precisa ter, junto ao arquiteto, ao planejar e escolher a composição cromática do ambiente de trabalho. Confira:
1) As cores quentes, tais como amarelo, vermelho e laranja, provocam a sensação de aproximação dos objetos, tornando-os maiores ao olhar. As cores frias, por sua vez, dão a impressão de distância e reduzem as dimensões do mobiliário corporativo, sendo elas azul, verde e violeta.
2) As cores frias causam a sensação de que o tempo está mais lento, levando ao tédio de forma mais constante, enquanto que com as cores quentes o tempo é superestimado. Isso porque as cores quentes são consideradas excitantes e as cores frias, calmantes.
3) A percepção tátil é estudada pelos arquitetos, quando estes elaboram o projeto cromático dos locais. Um fator super interessante é que as cores quentes parecem mais fofas e macias, enquanto as frias causam a sensação de rijeza e dureza.
4) O projeto arquitetônico também inclui o estudo sobre os sons e a relação entre os aspectos sonoros e a estética do ambiente, assim haverá uma compensação visual no caso de ocorrer algum problema com ruídos. Sendo assim, é importante dizer que sons altos e fortes fazem com que os olhos fiquem mais sensíveis ao verde que ao vermelho.
5) O paladar também é influenciado pelas cores: os vermelhos, laranjas, amarelos e verde-claros são cores que abrem o apetite, enquanto a púrpura, mostarda e tons de cinza são menos apetentes.
Significado das cores
O significado das cores influencia diretamente no projeto cromático do mobiliário corporativo, já que as escolhas dos tons podem causar sensações diversas nos colaboradores e até mesmo nos clientes das empresas. Confira os significados:
1) Amarelo: Uma cor vívida e luminosa, que aproxima os objetos do mobiliário corporativo. Quando usada em excesso, o amarelo causa cansaço visual.
2) O azul significa harmonia. Para o mobiliário corporativo, é sugerido o uso do azul-escuro para ambientes com mais formalidade.
3) Laranja: Uma cor estimulante, que provoca ação e entusiasmo, muito apropriado para o mobiliário corporativo. Porém, é preciso ter atenção na combinação dos tons de laranja nos locais de trabalho.
4) Rosa: O rosa está relacionado à delicadeza, provocando a sensação de calma e relaxamento, mais indicado para os mobiliários corporativos dos espaços para relaxamento dos escritórios, como salas de espera ou de convivência.
5) Vermelho: Embora o vermelho desperte entusiasmo e dinamismo, se usado em excesso pode provocar irritação e até mesmo violência, portanto, muito cuidado em seu uso no mobiliário corporativo.
6) Violeta: Assim como o verde-escuro, o violeta é evitado em mobiliários corporativos de grandes áreas por tornar o ambiente desestimulante.
7) Preto: O preto é considerado a cor mais poderosa e neutra das paletas, representando formalidade e elegância. Junto com o branco, o preto é muito presente no conceito minimalista dos mobiliários corporativos. Mas atenção: tenha cuidado para não exagerar e deixar o ambiente escuro, além do mais, o excesso pode causar sensação de tristeza.
8) Branco: Tão neutra quanto o preto, o branco é uma cor pura, que ressalta luminosidade, limpeza e tranquilidade. O branco é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Em mobiliários corporativos, a cor branca é muito utilizada para transmitir elegância e permitir que outros componentes se destaquem. O lado negativo é que essa cor exige maior frequência na limpeza dos móveis.
Tenha atenção às cores utilizadas em seu mobiliário corporativo, já que essas podem provocar as mais diversas sensações nos funcionários e clientes. Não esqueça de contratar um arquiteto para cuidar do planejamento do seu ambiente.